Sunday, July 31, 2005

Amigo Dias Ferreira

Li a tua mensagem Bonito! Bonito! no jornal " O Excepcional " da APADP- Associação de Pais e Amigos de Deficientes Profundos. Gostei.
Do teu artigo e no mesmo jornal apenas vou comentar o capítulo Obras. Acho-o pertinente e de interesse para a comunidade APADP.
Já no que diz respeito à "História da APADP", concordo que tens razão. Foi positivo o alerta. Na realidade não tem sentido. A base da gravação no "disco duro" estava a resultar e a dar corpo aos "artiguitos" para satisfazer encomenda/sugestão.
Oportunamente solicitarei à Direcção do Jornal a publicação e informação que o final da "História da APADP" poderá ser (re)lida no Jornal "O Excepcional" - 1.ª série - edição n.º 46 - Setembro/Outubro 2001 com o título "Dificuldades, Sonhos e Realidades".
Infelizmente, e tambem felizmente, a Instituição tem muitos factos e histórias para contar. A seu tempo, se conveniente e de interesse, voltaremos.

Wednesday, July 27, 2005

NOMES E APELIDOS


Meditar, pensar e recordar os bons momentos da infância faz bem ao espírito, descontrai e atenua o que de menos bom nos acontece.
Quando certas preocupações e não são poucas, teimam em ocupar a mente, adoptei como solução desviar o pensamento para fases da vida que nos tornaram mais felizes.
Uma delas e a título de exemplo é recordar e falar de nomes de pessoas que fizeram parte do universo a que pertencemos até à adolescência, com destaque para aqueles que consideramos não muito vulgares, mas que sempre mereceram a nossa consideração e estima.
Parada ( o primeiro de seu nome "Docleciano Parada" foi um dos fundadores em 1924 da Tuna Musical de S.ta Marinha ).
  • D. Palito / Chineta /Catolino ( três grandes jogadores do Clube Desportivo do Candal. O ultimo fez uma brilhante carreira como avançado do centro no F. C. Porto ).
  • Pedrosa ( 2 médicos da família - pai e filho - e uma tia; segundo a minha mãe era a parteira lá do sítio, e como não podia deixar de ser assistiu aos partos do meu nascimento e de muitos " catraios ( as ) " da minha geração.
  • Caguinchas / Tabuada / Chaminé / Ferramenta / Farpela / Pescada / Faneca / Miquinhas do Cantinho / M... Badalhoco / Farola / Julinha Carne Seca / Tamanqueiro / Cristão / A(o) Lisboeta(o) - oriundos da zona sulista - / Imenso / J... Farrapeiro / Feijoeiro / Facal / Micha / Valgode / Fiuza / Zé da Mula / Cochicho(a) / Cabanas / Carneiro / Porqueira(o) / Ruivo(a) / Rãzinha / Rabela (o) / M...dos Gatinhos / Carrejona / Coelho.

Existiram concerteza outros, mas a nossa memória já nos vai limitando.

Monday, July 25, 2005

FUTEBOL


No artigo anterior falei do Victor Baía, portista e dragão dos sete costados.
E qual a razão de voltar ao Victor Baía? É que há dias, a falar com o meu pai, de 88 anos, sobre o Baía ser de Gaia, logo me disse que tambem tinha lido a notícia e que conhecia o pai dele. Mais, é uma honra para a nossa terra, é um gande senhor.
E como as conversas são como as cerejas logo me atalhou com orgulho de ser Gaiense, da Freguesia de Santa Marinha e grande apoiante do Clube Desportivo do Candal: Sabes quem foi o primeiro Gaiense Internacional do futebol português e a jogar no Candal? Foi o " Toninho Soares ". Eu não me lembro, deve têr sido na sua geração.

Sunday, July 24, 2005

AUTARQUIAS 2005

Li algures que o Dr. Filipe Menezes se recandidata em Vila Nova de Gaia.
Como Gaiense, fico contente. Sendo um homem politicamente controverso, mesmo dentro do seu próprio partido, é salutar e a sua frontalidade é conveniente. Continue, não desvie o rumo, não se acomode. A Obra feita é notável, Gaia está diferente e para melhor.
Em Outubro os Gaienses dirão de sua justiça.
Apoios como o de Victor Baía, natural de Gaia, Internacional Português que mais títulos ganhou, são importantes.
Espero que o Snr. Pinto da Costa desta vez não mude de direcção. Do lado de lá, no Porto, é diferente. Questões pessoais não se discutem.

Friday, July 22, 2005

NOTAS AVULSAS

Ao lêr o Boletim Informativo da Tuna Musical de Santa Marinha / Gaia, chamou-me a atenção a seguinte frase:
Só para recordar: O F. C. Porto tem mais títulos internacionais oficiais que todos os outros clubes portugueses juntos!
Gostei e memorizei.

Wednesday, July 20, 2005

PEREGRINAÇÃO

Um grupo de Jovens com deficiência, Pais , Familiares, Amigos e Colaboradores de uma Instituição da área da deficiência, a que estou ligado desde a sua fundação, efectuaram em 7 de Junho de 2003 uma deslocação ao Santuário de Fátima. Seria um passeio ou uma Peregrinação?
Confirmado no Dicionário da Lingua Portuguesa da Porto Editora, foi uma PEREGRINAÇÃO. É que estava com certas dúvidas.

Friday, July 15, 2005

Sempre o PORTO

No Porto existem coisas de que não abdico. Uma delas é a Gastronomia. Adoro a cozinha portuense. Tripas, um manjar. Então no Restaurante Abadia nem falar. Para alem das tripas tem uma ementa de crescer água na boca. E na Casa das Tortas da Rua Passos Manuel? Comer uns Pasteis de Chaves acompanhados com um branco fresquinho, é de chorar por mais. E no final, para a sossega, antes da " dolorosa ou do prato amargo ", sempre se houve " saia um CIMBALINO ".
E tudo isto vem a propósito da nossa ultima visita ao dito cujo. Antes de regressar no Pendular almoçamos no Restaurante Capoeira Central de Campanhã, casa típica, misto de restaurante e adega, lotação esgotada e clientela diversificada. Comemos uma óptima carne assada e regada a preceito com um bom tintal.
Mas a verdadeira razão da referência a esta refeição tem a vêr com um episódio deveras popular do sítio: Na mesa ao lado estava um casal com dois filhos " bintões ". Cada um escolheu o seu prato e um deles pediu Arroz de feijão com sardinhas pequenas ( petinga ). A certa altura o Jovem pediu mais arroz, resposta pronta do patrão, que tambem servia às mesas: não há mais arroz, come " Brou..a " carago. E aquando da sobremesa? O patrão dirigindo-se ao mesmo Jovem: Que queres,... o que há?, há laranja, gelados de ..., bolos de ... e manga, mas logo repetiu: oh! manga não, " mangas " já tu és.
E mais não digo.

Tuesday, July 12, 2005

O Porto - Tripeiro

Mui Nobre e Sempre Leal Cidade Invicta. Terra dos contrastes, do granito e da beleza rara para quem dele gosta.
Agora com a emblemática Casa da Música está mais rico. E por falar em mais rico, sabem o que desde " catraio " sempre ouvi por graça perguntar qual é a Cidade mais rica do mundo? " É o Porto, tem um rio D´ouro e um Palácio de Cristal ".
A Rotunda e a Avenida da Boavista estão diferentes. A Casa da Música, no meu ponto de vista, proporcionou um enquadramento estético de belo efeito, cosmopolita e de modernidade. É por excelência um lugar de criação e divulgação da Cultura. A arquitetura é um génio. Visitei e gostei. Recomendo a quem não conhece.

Friday, July 08, 2005

O Porto Sentido do " BELOSO " -- 2

Deixando o banco frente ao Rio Douro e de costas para o Muro da Ribeira, continuamos o passeio. Passamos pelas " ALMINHAS " evocativas da tragédia da Ponte das Barcas aquando das Evasões Francesas.
Sempre que por aí passamos lembramo-nos da figura carismática que foi o Snr. Docleciano, mais conhecido pelo " Duque da Ribeira " - Homem bom, amigo do próximo e sempre preparado para no seu " caíco " retirar do rio quem estava em risco de afogamento ou que por infelicidade ou outra razão, aparecia morto.
Um pouco mais à frente estavamos no sopé dos Guindais, mesmo em frente à entrada do tabuleiro inferior da Ponte D. Luís I. Que maravilha, finalmente chegamos junto do novo Funicular dos Guindais. Entramos, compramos o " Andante ", o direito à viagem e sentamo-nos no Funicular. Passados alguns minutos iniciou-se a subida na companhia de mais 2 passageiros, um de cada sexo.
Se não fosse a primeira vez que utilizavamos o Funicular, nada de especial, só que era novo e diferente do nosso tempo, ou seja, antes a subida dos Guindais era feita pela escadaria com centenas de degraus e alguns patamares graníticos, acompanhando em parte as " Muralhas Fernandinas ", e com final no antigo Aljube. Agora há alternativa, subir no Funicular, com vistas soberbas, sair na Avenida Saraiva de Carvalho, frente ao Governo Civil e a dois passos da mítica Praça da Batalha.
Voltando às companhias da viagem do Funicular, recordamos que a mulher falava, falava ( como se costuma dizer " pelos cotovelos " ), e passou todo o tempo a comentar, a informar e a dar sugestões. Chegados à Estação, topo do Funicular, e enquanto observavamos as saídas, verificamos que a mulher muito apressada rumou e desapareceu pela escadaria e que o homem entrou no elevador, convidando-nos a acompanhá-lo. Sempre era mais cómodo e prático. Saímos sem esforço na Avenida. Engraçado! no comentário final que se estabeleceu sobre o alto interesse do Funicular para a comunidade, chegamos à conclusão que as nossas idades eram próximas e que as origens eram as mesmas, ou seja, eramos naturais da Freguesia de S.ta Marinha - Vila Nova de Gaia. Como passados alguns anos a Freguesia dividiu-se, o nosso amigo e conterrâneo ficou a residir na nova Freguesia da AFURADA.
" O Mundo é Pequeno ".

Tuesday, July 05, 2005

O Porto Sentido do " BELOSO "

Para recordar velhos tempos fomos até à Ribeira. Sentamo-nos num banco " birado " para o Rio Douro. Ficamos a comtemplar a nossa terra, Vila Nova de Gaia. O seu casario em cascata, o Mosteiro da Serra do Pilar, a Ponte D. Luís I ( em obras para receber o " Metro "), a Beira Rio ( no Porto chama-se Ribeira ), os Arcos do Sandemam, o Real Clube Fluvial Portuense ( parecia que estava a vêr as regatas, principalmente em Shel de 8 e a ganhar ao rival Sport Clube do Porto ), a zona do Castelo ( será verdade que lá viveu o Rei Ramiro? No Brazão de Gaia existe o Castelo com um arauto a tocar trombeta ), a Rua Cândido dos Reis ( melhor, a " Rua Direita " ), rua onde vivemos e passamos parte da nossa juventude, frequentamos as Escola Primária das " Palhacinhas e a Secundária de Passos Manuel", namoramos e casamos ( na Igreja Matriz de S.ta Marinha, onde tambem fomos baptizados, fizemos a 1.ª Comunhão e o Crisma ), resumo: onde nos preparamos para nos emancipar e iniciar uma vida adulta e responsável.
Que saudades, principalmente tristeza por não ser possível regressarmos às origens. Mas, como " recordar é viver ", conformamo-nos e estamos felizes.
E tudo isto vem a propósito de quê? Porque nos dá a impressão que nas nossas origens a vida é diferente. Todos se conhecem. Um exemplo: no banco em que estavamos sentados havia um lugar vago, que em breve foi ocupado por um homem mais ou menos da nossa idade. Passados uns instantes e após ouvir alguns comentários e apreciação sobre os Barcos de Turismo e dos " catraios " que tomavam banho no rio, no local das escadas das " padeiras ", recentemente reconstruidas, logo entabulou conversa e para ali ficamos a falar como amigos de longa data. Os temas, quasi obrigatórios, foram a Ribeira do Porto, a Beira Rio de Gaia, os Barcos Rabelos adaptados ao turismo e os Barcos de Cruzeiro ( hoteis flutuantes ). Aproveitou para sobre os ultimos nos contar a história e a razão do seu aparecimento no Rio Douro, história engraçada e com características de ficção. Enfim, foi uma conversa animada e que tanto prazer deu pela expontaneidade de comunicação.
Dava gosto continuar, mas o dia não poderia ser só passado na Ribeira. Despedimo-nos e continuamos o nosso passeio.

Saturday, July 02, 2005

A Academia do Bacalhau

Pertencer à Academia do Bacalhau é uma honra, um privilégio, é pertencer a uma Instituição que está implantada pelos 4 cantos do mundo. Foi fundada por portugueses e teve origem na África do Sul, mais propriamente em Joanesburgo. O seu número já ultrapassa as 3 dezenas. É um dos expoentes da Portugalidade. Um Embaixador por excelência.
As reuniões são feitas em convívio, com originalidade e repasto do fiel amigo, com amizade e filantropia, mas especialmente direccionadas na solidariedade.
Sou compadre da Academia do Bacalhau de Lisboa. Quanto é bom têr e criar novos amigos. Fazer parte de uma família de excelência, onde os títulos ficam à porta, onde se preparam e concretizam eventos como no passado dia 17 de Junho, comemoração do dia da Portugalidade, de forma nobre, e distinção de duas brilhantes alunas da língua portuguesa da Escola Secundária Artística António Arroio.
Que prazer de ouvir o compadre Edgar Rodrigues transmitir o orgulho e a felicidade que os compadres sentem por saber que ainda há muita gente jovem que conhece, aprecia e cultiva a língua de Camões.
Quanto maravilhoso é ouvir e meditar sobre pensamentos apresentados nas diferentes reuniões, como por exemplo:
-A AMIZADE É O SOL DA VIDA.
-NUNCA A FORTUNA COLOCOU UM HOMEM TÃO ALTO, QUE NÃO TIVESSE NECESSIDADE DE UM AMIGO.
-NÃO SE PODE TER UMA LONGA AMIZADE, SE NÃO NOS DISPUZERMOS A PERDOAR UNS AOS OUTROS PEQUENAS FALTAS.
-O DIFÍCIL NÃO É ESTAR COM OS NOSSOS AMIGOS QUANDO TÊM RAZÃO, MAS QUANDO ESTÃO ERRADOS.
-NÃO É QUE ME ANIMO QUE ESTOU CONTENTE. MAS PORQUE ESTOU CONTENTE QUE ME ANIMO.
Ou o compadre Jorge Moreira evocar a memória do saudoso " Xico Calado " dizendo no final :
-O Xico foi o Tesoureiro e Secretário das minhas presidências. Foi a " Eminência Parda " que teve a iniciativa, implementou e apresentou os resultados, SEMPRE SEM QUERER QUAISQUER LOUROS.
-O Xico era meu amigo.
-O Xico era um homem superior.
-O Xico estava noutra dimensão.
Eu digo, é verdade, foi um dos grandes Amigos e sócio da APADP - Associação de Pais e Amigos de Deficientes Profundos, Instituição da qual sou sócio fundador.