Saturday, June 25, 2005

O S. João do Porto

O S. João já se acabou, o S. Pedro... É verdade, já acabou. Mas todos os anos, no dia 23 de Junho, sinto uma profunda nostalgia. Que saudade das noitadas vividas entre V. N. de Gaia e Porto. As passagens pelos bailaricos nas zonas de percurso, a chegada à baixa, a compra do " alho porro " ( não gosto de martelinhos de plástico ), as carícias e suaves " pancadas " dadas com o dito nas pessoas anónimas que connosco cruzavam nas ruas, por vezes lá aparecia uma pessoa amiga ou conhecida. Era uma festa de total expontaneidade. Nimguem levava a mal, que bonito, que rara beleza, parece que toda a gente se conhecia. Milhares e milhares de pessoas enchem as ruas. Passagem obrigatória pelas Fontaínhas e visitar a típica cascata do S. João, comer o tradicional carneiro bem regado com o " binho " tinto. Continuação da farra.
O regresso feito pela madrugada, cansado da maravilhosa noite passada, era obrigatório vêr nascer o dia no morro ( jardim ) da Serra do Pilar, carregado como não podia deixar de ser com o manjerico. Depois, chegado a casa, uma bela soneca para retemperar. O S. João continuava até ao anoitecer.
Penso que ainda hoje é esta a maneira característica de passar a noite de S. João do Porto. Pensar não, tenho a certeza.
Para terminar invoco uma das canções sempre utilizadas:
Ai o S. João este ano
Ai fez uma fonte de prata
Ai as moças não vão a ela
Ai S. João todo se mata

Friday, June 24, 2005

A Tuna Musical de S.ta Marinha / Vila Nova de Gaia

Recebi o Boletim Cultural de Março e fiquei feliz por saber que as obras de recuperação e adaptação do Edificio Sede, Cultural, Recreativo e de Solidariedade, tiveram início no passado mês de Abril.
Finalmente, a Edilidade e o seu presidente, Dr. Filipe Menezes, cumpriram a promessa. Imagino quanta felicidade reina no espirito do saudoso " Zé da Micha ", não esquecendo a Direcção, sócios e simpatizantes. Aqueles que pessoalmente têm o privilégio de acompanhar as obras no dia a dia, estão a assistir à concretização de um SONHO de muitos e muitos anos.
Como sócio, embora vivendo a cerca de 320 km, espero estar presente na INAUGURAÇÃO.

Thursday, June 23, 2005

Recordações

Voltar às origens é reconfortante. Há dias estive em Vila Nova de Gaia, mais propriamente na freguesia de S.ta Marinha, na tipica Beira Rio, capital do nectar que é o " binho fino ", mais conhecido pelo Vinho do Porto. Boa gastronomia e bares de excelência.
Apreciei a partir da entrada ( dado que ainda não estava aberto ao público ) o Convento Corpus Christi, e pela brochura que gentilmente nos ofereceram ficamos a saber que é propriedade da Câmara e nele estão instalados o Departamento do Planeamento e Ciência, a Empresa Municipal GAIANIMA, um Departamento da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto e Atelieres de Actividades. A Autarquia está de parabens. Obras e património como estes não se podem perder, fazem parte da história. O Convento remonta a 1345, sofreu alterações no século XVII e, na década de 30 do Século XX, foi entregue às Irmãs do Bom Pastor e preparado para Instituto feminino de educação e regeneração. A sua capela conventual é invulgar, tem uma planta octogonal, coberta por uma cúpula de pedra, talhas e cadeiral invulgares. No seu interior encontra-se o tumulo de Alvaro Anes de Cernache, que foi Alferes e Porta Bandeira da Ala dos Namorados na Batalha de Aljubarrota.Breve vou voltar, tenho que o visitar e conhecê-lo em pormenor.
Conheci o novo Centro Cultural e Recreativo da Beira Rio " Zé da Micha ", que a Edilidade promoveu e criou, em terreno do já referido Convento, e com o qual quiz perpectuar a memória desse meu amigo de infância, que se notabilizou no pós 25 de Abril na área associativa, com especial destaque da Tuna Musical de S.ta Marinha, da qual sou o sócio n.º 59 ( resido há 26 anos em Oeiras / Algés.
È verdade, visitas como a descrita, e dado que não será possivel retornar às origens, permite-nos reviver momentos da nossa meninice e sonhar com um passado que foi marcante e decisivo na vida.