ORIGENS, TÓNICO PARA A ALMA ( 2 )
Retomado o fôlego, depois de um belo repasto e um tónico na Esplanada, o destino de continuidade do passeio foi a margem oposta. Palmilhado o tabuleiro inferior da Ponte D. Luis I, atingimos a " Ribeira do Porto ". Belo e maravilhoso apreciar a amplitude e a escarpa em cascata de " Gaia ". Tela única. Surpresa!!!, a exemplo do antanho, voltamos a vêr jovens a tomar banho no Rio, lançando-se da grade superior do tabuleiro da Ponte.
A assistência de " Murcões ", em ambas as margens era considerável. Sim, porque espectáculo como aquele, ao vivo, gratuito, não se observa e disfruta todos os dias. E os turistas? As máquinas de filmar não tinham descanso.
A foto deste blog, não sendo muito nítida, dá para vêr o tabuleiro da Ponte, a altura consideravel dos saltos e um jovem a atirar-se do tabuleiro. Enfim, brincadeiras de jovens arrojados e com muito "» sangue na guelra «".
Mais abaixo, ao fundo da rampa, " as Alminhas " ( painel de bronze invocando a tragédia na " Ponte das Barcas " aquando da invasão francesa ), - pena que estivessem quase invisiveis pelos toldos da esplanada do café existente ao lado. Local de reverência e devoção. Fazem tambem lembrar o mítico " Duque da Ribeira ", homem que no seu » caíque « tantas e tantas vidas salvou e muitos corpos retirou das águas do Rio, motivo suicídio, local normalmente escolhido: tabuleiro superior da Ponte. Uma parte da sua vida tambem a dedicou a tratar e conservar " as Alminhas ", bem assim, a pedido,colocar velas a arder por promessas e devoção de terceiros.
A Ribeira no seu esplendor!!!, com os típicos restaurantes e esplanadas, o " cimo do muro ", os arcos, as escadas do " Barredo ", a Praça com a granítica e imponente " Fonte de S. João ", o " Cubo " dentro do tanque, projectando a imagem de que está suspenso no repuxo da água.
As ruas de S. João ( uma mulher - " boneca!!! " - sentada na balaustrada da varanda de uma casa - provavel brincadeira da juventude, mas engraçado ) e Mouzinho da Silveira ( deprimente e desolador, - existem muitos prédios degradados e abandonados -, » recuperação impõe-se, é necessária, já «.
A Praça Almeida Garret, a Estação de S. Bento, « convidando sempre, nunca cansa, a rever no interior os imponentes e belos paineis de azulejos », a Igreja dos Congregados, a Praça da Liberdade e a Avenida dos Aliados. Final de etapa. Descanso no " Café Guarany ". Um chá retemperador servido em " Bule e Chávena " de porcelana, decoração alusiva e modelo digno da sua história. O ambiente, com o "» bruááá « da clientela, era animado e aconchegado pela música do " » Rui Beloso «".
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