Friday, July 08, 2005

O Porto Sentido do " BELOSO " -- 2

Deixando o banco frente ao Rio Douro e de costas para o Muro da Ribeira, continuamos o passeio. Passamos pelas " ALMINHAS " evocativas da tragédia da Ponte das Barcas aquando das Evasões Francesas.
Sempre que por aí passamos lembramo-nos da figura carismática que foi o Snr. Docleciano, mais conhecido pelo " Duque da Ribeira " - Homem bom, amigo do próximo e sempre preparado para no seu " caíco " retirar do rio quem estava em risco de afogamento ou que por infelicidade ou outra razão, aparecia morto.
Um pouco mais à frente estavamos no sopé dos Guindais, mesmo em frente à entrada do tabuleiro inferior da Ponte D. Luís I. Que maravilha, finalmente chegamos junto do novo Funicular dos Guindais. Entramos, compramos o " Andante ", o direito à viagem e sentamo-nos no Funicular. Passados alguns minutos iniciou-se a subida na companhia de mais 2 passageiros, um de cada sexo.
Se não fosse a primeira vez que utilizavamos o Funicular, nada de especial, só que era novo e diferente do nosso tempo, ou seja, antes a subida dos Guindais era feita pela escadaria com centenas de degraus e alguns patamares graníticos, acompanhando em parte as " Muralhas Fernandinas ", e com final no antigo Aljube. Agora há alternativa, subir no Funicular, com vistas soberbas, sair na Avenida Saraiva de Carvalho, frente ao Governo Civil e a dois passos da mítica Praça da Batalha.
Voltando às companhias da viagem do Funicular, recordamos que a mulher falava, falava ( como se costuma dizer " pelos cotovelos " ), e passou todo o tempo a comentar, a informar e a dar sugestões. Chegados à Estação, topo do Funicular, e enquanto observavamos as saídas, verificamos que a mulher muito apressada rumou e desapareceu pela escadaria e que o homem entrou no elevador, convidando-nos a acompanhá-lo. Sempre era mais cómodo e prático. Saímos sem esforço na Avenida. Engraçado! no comentário final que se estabeleceu sobre o alto interesse do Funicular para a comunidade, chegamos à conclusão que as nossas idades eram próximas e que as origens eram as mesmas, ou seja, eramos naturais da Freguesia de S.ta Marinha - Vila Nova de Gaia. Como passados alguns anos a Freguesia dividiu-se, o nosso amigo e conterrâneo ficou a residir na nova Freguesia da AFURADA.
" O Mundo é Pequeno ".

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