Tuesday, October 24, 2006

ORIGENS, TÓNICO PARA A ALMA ( 3 )

Intenção: Travessia a pé do tabuleiro superior da Ponte D. Luis I. Desta foi de vez. Finalmente a promessa feita a mim mesmo foi cumprida.
Repetido o percurso da Avenida da República, uma pequena pausa para um " Cimbalino " no Café Avenida e encontro casual com um velho amigo. " Caro Elias" ! Há quantos anos?! Eh verdade, são muitos!!! Continua a viver cá? Sim, e na mesma casa. Formidavel! O mesmo já não poderá passar-se comigo, mas tenho pena, " se tenho ". Agora para matar saudades, periòdicamente dou cá um salto. Dá para reviver, encontrar família e amigos. Bom caro Elias, um grande abraço e até sempre.
Seguiu-se o " Jardim do Morro " ( Serra do Pilar ) e, finalmente, a Ponte. O tabuleiro está diferente. É plano. Antes de adaptado ao " Metro " os passeios eram salientes ( em plano superior ). Agora a separação rodoviária / passeios é feita por pilaretes. Está bom, mas como em tudo, exige cuidado e atenção.
O tabuleiro foi palmilhado com inumeras paragens e por ambos os " passeios ". A companhia de " Turistas " era permanente. As vistas a montante e jusante são deslumbrantes. O Mosteiro da Serra do Pilar, o Senhor dÁlem, os Guindais, as Muralhas Fernandinas, a Corticeira, as Fontaínhas, a Beira Rio, a Ribeira, o Casario em cascata, os Armazens do " Binho Fino ", os demais e muitos Monumentos, os Barcos Rabelos, enfim, tudo o que desejava apreciar e reviver atravessando a pé o tabuleiro superior da Ponte, ou seja, o maravilhoso e impar Porto e Gaia ", Património Mundial ".
Feliz? Fiquei e muito. O desejo foi conseguido. Os tempos de outrora, especialmente os da juventude, foram repetidos.

Wednesday, October 18, 2006

ORIGENS, TÓNICO PARA A ALMA ( 2 )

Retomado o fôlego, depois de um belo repasto e um tónico na Esplanada, o destino de continuidade do passeio foi a margem oposta. Palmilhado o tabuleiro inferior da Ponte D. Luis I, atingimos a " Ribeira do Porto ". Belo e maravilhoso apreciar a amplitude e a escarpa em cascata de " Gaia ". Tela única. Surpresa!!!, a exemplo do antanho, voltamos a vêr jovens a tomar banho no Rio, lançando-se da grade superior do tabuleiro da Ponte.
A assistência de " Murcões ", em ambas as margens era considerável. Sim, porque espectáculo como aquele, ao vivo, gratuito, não se observa e disfruta todos os dias. E os turistas? As máquinas de filmar não tinham descanso.
A foto deste blog, não sendo muito nítida, dá para vêr o tabuleiro da Ponte, a altura consideravel dos saltos e um jovem a atirar-se do tabuleiro. Enfim, brincadeiras de jovens arrojados e com muito "» sangue na guelra «".
Mais abaixo, ao fundo da rampa, " as Alminhas " ( painel de bronze invocando a tragédia na " Ponte das Barcas " aquando da invasão francesa ), - pena que estivessem quase invisiveis pelos toldos da esplanada do café existente ao lado. Local de reverência e devoção. Fazem tambem lembrar o mítico " Duque da Ribeira ", homem que no seu » caíque « tantas e tantas vidas salvou e muitos corpos retirou das águas do Rio, motivo suicídio, local normalmente escolhido: tabuleiro superior da Ponte. Uma parte da sua vida tambem a dedicou a tratar e conservar " as Alminhas ", bem assim, a pedido,colocar velas a arder por promessas e devoção de terceiros.
A Ribeira no seu esplendor!!!, com os típicos restaurantes e esplanadas, o " cimo do muro ", os arcos, as escadas do " Barredo ", a Praça com a granítica e imponente " Fonte de S. João ", o " Cubo " dentro do tanque, projectando a imagem de que está suspenso no repuxo da água.
As ruas de S. João ( uma mulher - " boneca!!! " - sentada na balaustrada da varanda de uma casa - provavel brincadeira da juventude, mas engraçado ) e Mouzinho da Silveira ( deprimente e desolador, - existem muitos prédios degradados e abandonados -, » recuperação impõe-se, é necessária, já «.
A Praça Almeida Garret, a Estação de S. Bento, « convidando sempre, nunca cansa, a rever no interior os imponentes e belos paineis de azulejos », a Igreja dos Congregados, a Praça da Liberdade e a Avenida dos Aliados. Final de etapa. Descanso no " Café Guarany ". Um chá retemperador servido em " Bule e Chávena " de porcelana, decoração alusiva e modelo digno da sua história. O ambiente, com o "» bruááá « da clientela, era animado e aconchegado pela música do " » Rui Beloso «".

Saturday, October 14, 2006

ORIGENS, TÓNICO PARA A ALMA ( 1 )

Reviver locais que fizeram parte da vida, recordar pormenores e momentos que marcaram e contribuiram para a personalidade, modo de ser e estar, é saudavel, dá alento, incentiva a enfrentar certas vicissitudes e ultrapassar fases menos boas ( mesmo que em sonhos ).
Para conhecer, visitar e passear, nada melhor que andar a pé.
Instalado o " pivot " em Gaia , o que permitiu acesso e mobilidade nas diferentes direcções, incluindo, como não poderia deixar de ser, " era imperdoavel ", o » Porto ( Antiga, Mui Nobre e Sempre Leal Invicta Cidade ) «.
O dia começou na Avenida da República ( visita ao El Corte Inglês - como mudou a fisionomia e a vida local - ), a Câmara, a antiga Casa do Dr. Macedo ( reconstrução quase concluída e o terreno envolvente ajardinado, o que dignificou e abriu o espaço e deu mais visiblidade ao local e à Câmara ). Continuação pela Rua Luis de Camões ( ali era a Quinta do Dr. Macedo - pai-, que pena, está tudo degradado - qual será o futuro? -; em frente, no gaveto, foi a Padaria do Mira; aqui era a Casa da Dra Glória, já não existe; olha!, esta Casa foi adaptada a Lar para a 3.ª Idade, boa ideia e bom aproveitamento. Agora a Rua Cândido dos Reis - melhor expressando, a sempre Rua Direita -; esta foi a Casa do Matos; o Tintureiro - continua -; os Edifícios das ex Social e da loja do Alvares Pereira; a Fonte de S. Roque - granítica, imponente a escultura da cabeça, sempre a jorrar água cristalina, embora e infelizmente, ao contrário de outros tempos, a placa imprópria para consumo, fruto da poluição -; as casas de... e de...( são tantas que não é possivel descrever todas); as Escadinhas do " Monte "; a Rua do Pinhal; oh! aqui eram as Cesteiras, mesmo em frente à tia Micas; ali o Tamanqueiro; a Casa Velha! ( está recuperada e habitada - ao contrário de muitos anos atrás que estava esventrada e servia para " coboiadas " e abrigo a infelizes -; a Tuna Musical de Santa Marinha; a Casa onde vivi; a ex Guarda Fiscal - quantas vezes no Verão se ia buscar água à sua fonte, proveniente de mina, existente no quintal; a Farmácia continua; a tua Casa!; ali no passeio eram as " covinhas - carolo -" ( 3 em triângulo mais uma no meio ) para jogar com » sameiras « ( caricas ) cheias de betume, para terem mais peso, e o efeito ser mais preciso ](" o jogo consistia em movimentar as sameiras, impelidas pelo dedo indicador, separado à pressão do dedo polegar e, percorrer todas as covinhas, eliminando se necessário os obstáculos - sameiras dos adversários que não entraram nas covas -, projectando-as para o mais longe possível e dificultando-lhes a continuação do jogo "([; a nossa Escola ( ao nosso tempo Industrial e Comercial, agora provavelmente Ensino Básico ); aqui era o Flores; etc, etc; e, assim andando e recordando, estavamos na Beira Rio.
Até ao almoço, ainda foi palmilhada a Marginal; admirado o Estaleiro da Cruz - Barcos Rabelos em construção e reparação -; uma vista de olhos ao Convento Corpus Christi ( pena ainda não ser possivel apreciar a Capela - continua encerrada - ) e a uma exposição de Balanças ( os mais variados tipos e formatos - decimais, romanas e outras - ); o Mercado; e tudo o mais que faz da Beira Rio um maravilhoso e atractivo polo Turístico por excelência.
O nosso passeio terá continuidade.

Sunday, October 08, 2006

TRABALHO NO FERIADO

Na véspera do Feriado do 5 de Outubro ouvi a um " Trabalhador de Limpeza e Higiene Pública (vulgar varredor), falando para os seus botões:
"» Isto há cada uma. Amanhã é feriado, não trabalho, mas tambem não tenho subsídio de refeição. Com que pago o comer? Não compreendo?!. Está bom é para aqueles que só querem greves. Ah, pois, esses não têm dificuldades!!! «".
A espontaneidade, a origem humilde e a necessidade do equilibrio orçamental, convidam à reflexão e ...

Saturday, October 07, 2006

DE GAIA AO PORTO

Viagem de " Metro " entre Gaia ( João de Deus ) e o Porto ( Aliados ).
Com o " Andante " e na Máquina substituta da bilheteira foi comprada a passagem de 2 zonas (Z2 = € 0.85 ). Para quem conhece e está familiarizado não existem problemas, mas os outros? O sistema é complicado. Felizmente, se não está o " Segurança ", sempre aparece alguem, que voluntariamente, se disponibiliza para auxiliar e explicar, bem ou mal!!!, mas sempre ajuda e é melhor do que nada ou não ter hipótese de viajar.
Voltando ao " Metro ". Uma vez chegado à Estação dos Aliados, nova dúvida. É ou não necessário registar a saída no aparelho de validação? Será? Não será? Interpelação e desta vez foi a um Guarda da PSP, que no seu giro se encontrava no local.
" Por favor, à saída tambem é preciso validar o cartão? " Não, não. Só na entrada. Agradeci e logo recebi como despedida: » Boa tarde, pode ir à sua " vidiiiiinha " «.
No exterior, melhor, na " Avenida dos Aliados ", contemplei uma das joias do Porto, incluindo, como não poderia deixar de ser, as Praças da Liberdade e do Município.
Como sempre, logo me veio à mente um amigo " alfacinha " que quando se falava do Porto me dizia: o Porto? Ah, a terra que tem uma Alameda composta por uma Avenida e duas Praças?!!!.

Thursday, October 05, 2006

MONARQUIA E REPUBLICA?

5 de Outubro.
Aprendi que este dia era comemorativo da Implantação da República em Portugal, sucedendo em 1910 ao Rei D. Manuel II, filho do Rei D. Carlos, assassinado pelos republicanos.
Hoje fui surpreendido com as declarações do D. Duarte Nuno, pretendente ao trono, durante uma regata entre o Montijo e o Padrão dos Descobrimentos.
Disse ele que a data tem dupla comemoração: "» a Implantação da República em 1910 e, o reconhecimento no tratado de Zamora da Independência de Portugal e do reinado de D. Afonso Henriques «".
O Presidente da República, no discurso comemorativo da data, efectuado na Câmara de Lisboa, local onde a República foi proclamada, preocupou-se muito e bastante com a CORRUPÇÃO.
Eu fui e continuarei a ser defensor e adepto da » Monarquia «.

Wednesday, October 04, 2006

ESPLANADA EM GAIA

Após o belo repasto, descrito no texto anterior, foram percorridos alguns metros para novo poiso, » descansar e relaxar «, numa esplanada da Beira Rio, tendo como cenário a Ponte D. Luís, o Porto desde os Guindais até à Cantareira, a Ponte da Arrábida, o Rio Douro ( diga-se d´ouro ), o Palácio de Cristal, os Barcos Rabelos e, a encosta, com o seu casario, desde a Cruz até Gaia e as Regadas.
Estando um sol maravilhoso, não poderá, digo mesmo, não há, paisagem e horizonte iguais. Inédito.
Enquanto descontraidamente saboreava um digestivo, dou pela chegada do empregado e arrumar a mesa do lado, entretanto vaga. Ao levantar um copo de " fino " com pé alto, este partiu-se e a base ficou na mesa. Exclamação do empregado!!!: "» olha que categoria, partiu pelo cúúú «".
Mais comentários?!!! Apenas um sorriso aberto e, continuei a apreciar o digestivo e o maravilhoso horizonte, meditando e recordando episódios da minha infância.