" Vá para fora cá dentro " « Passeio em triângulo ».
A visita ou revisita a diferentes locais do nosso país continua no nosso programa. A 3.ª idade e não só, mas tambem, permite-o.
Novamente a zona Centro Oeste, mais propriamente: Leiria, Marinha Grande e Alcobaça.
São terras que obrigam a nossa memória a recuar aos anos 60 e que, por questões familiares, tantas e tantas vezes as passamos, cumprindo o percurso através da Estrada Nacional 1 ( mas a da época, nada da actual ), de Avanca ao Alcoitão e regresso.
O trajecto, ao tempo, era programado ao pormenor. Eram deslocações dolorosas e desgastantes, mas a causa a isso nos obrigava. por isso e por outras, o simples facto de recordar dá muita e muita saudade.Mas!!! "o tempo não volta para trás ", pelo contrário, avança e depressa.
LEIRIA. Citando os roteiros turísticos, " já pouco se enquadra na cidade descrita por Eça de Queiroz em o » Crime do Padre Amaro «. A terra que encantou a Rainha Santa Isabel, a musa inspiradora de D. Dinis nas »canções de verde pino« continua a apaixonar muitos poetas ".
Calcorreamos o centro histórico, com destaque para a Praça Rodrigues Lobo ( verdadeiro centro, com as suas arcadas e esplanadas ), as ruas estreitas da Judiaria, o Arco da Rua Afonso de Albuquerque, o Largo da Sé, a imponente Sé Catedral e as margens do Rio Lis.
MARINHA GRANDE. Sinónomo da produção do vidro ( a maçarico e soprado moldado ) e do cristal. Nesta apreciamos o Museu do Vidro, instalado na antiga casa de "Guilherme Stephens". Peças e artefactos maravilhosos. História viva, incluindo o método da construção da casa ( especialmente as paredes interiores com um contraventamento dos "adobos" por barrotes de madeira e um tipo de "tabique" muito original ). Em suma, a visita recomenda-se.
ALCOBAÇA. Com o seu imponente Mosteiro, construido pela ordem dos monges de " Cister ". Monumento impar, com a maior igreja do país. É considerado uma joia do Gótico e uma Igreja - Fortaleza. A fachada é um conjunto de variados estilos: " românico, barroco e gótico ".
No interior impera a regra da austeridade de S. Bernardo, seu fundador. Os tumulos de D. Inês de Castro e D. Pedro I estão numa das salas. Do claustro mais antigo, patrocinado por D. Dinis, há acesso à Sala do Capítulo, com destaque para o tecto " artesanado " apoiado em colunas emparelhadas. Não esquecer o Refeitório de estilo " gótico-manuelino " e a monumental Cozinha, com o tanque de granito, no qual passavam as levadas do " Alcoa ", e onde, diz o povo, os monges faziam pescarias ( belo tempo, não se falava ou existia poluição ). A Sala dos Reis, situada na parte superior do Claustro, tem o conjunto de estátuas alusivas à coroação dos monarcas e um painel de azulejos setecentistas com a historia do Mosteiro.
O Largo fronteiro e lateral ao Mosteiro está em remodelação. Não sabemos, perguntamos mas tambem não sabiam, qual será o acabamento final, mas os paineis/pavimentos de "saibro", para alem de áridos e quanto a nós não recomendaveis ( originam poeiras, despidos de verdura, isentos de bancos, etc, etc ), são arquitectònicamente opostos à monumentalidade do Mosteiro. Será que se trata de uma situação privisória???!!! esperamos que sim.
Acabamos a visita à Cidade com a travessia da Ponte sobre o rio Alcoa e um almocinho no " O Cantinho ", recomendado por um residente.
Boa viagem de regresso. Voltaremos.